
TREINOS, SAÚDE INTESTINAL E INFLAMAÇÃO - COMO AJUSTAR VIA ALIMENTAÇÃO
Por Thais Nunes
Treinos aeróbicos com grande ventilação pulmonar, por definição, aumentam o estresse oxidativo e o dano celular do praticante. Quanto mais respiramos, mais oxidamos substrato energético e geramos espécies reativas. Esse estresse afeta a produção de muco e as junções celulares das células intestinais, contribuindo para um quadro de hiperpermeabilidade intestinal ("leaky gut"), ativando vias inflamatórias e reduzindo a capacidade de absorção de nutrientes.
Além da respiração, outros fatores também impactam a saúde intestinal: a temperatura do ambiente e a corporal, os níveis de hidratação e irrigação dos tecidos.
Esses são fatores muitas vezes inerentes à prática de exercícios. Quando falamos dos suplementos e alimentos com corantes, adoçantes, estabilizantes, garrafas plásticas com disruptores endócrinos e uma dieta rica em carboidratos refinados e gorduras saturadas, listamos alguns elementos que podemos corrigir.
Como em todo processo metabólico-bioquímico, temos consequências e, em vias normais, nosso corpo daria conta de regular essas funções. Porém quando fazemos atividades físicas extenuantes, não estamos em nosso ‘normal’, logo temos que nos adaptar a isso.
Como nutricionistas, avaliamos como a dieta e os hábitos do paciente podem reduzir o estresse excessivo, reparar a integridade do epitélio e mucosa intestinal e ajudar nos processos de detox eliminando toxinas e resíduos após os treinos.
Um praticante de atividade ou atleta com o intestino ruim tem desempenho irregular, apresentando dificuldade de absorver os alimentos e suplementos, assim como tendo quedas de imunidade, intolerância às doses de glicose durante o treino e perda de rendimento.
Alimentos ricos em polifenóis como frutas, verduras e legumes.. especiarias antibacterianas e antifúngicas, alimentos moduladores de imunidade, estimuladores de muco intestinal, prebióticos.. a lista é longa, só precisamos organizar!!
Alguns alimentos são de fácil acesso e consumo, e podem transformar sua recuperação.
Seguem algumas sugestões:
Açaí – Acerola – Jabuticaba
Uva Roxa – Morango – Blackberry/Blueberry
Chá Preto – Chá Verde – Suco de Romã
Cúrcuma – Pimenta Preta – Cacau
Algumas fontes são difíceis de serem consumidas aqui no Brasil, então temos suplementos como os extratos de Groselha negra (cassis), Cereja amarga e a Quercetina, presente na casca da cebola e maçã. A suplementação se faz necessária uma vez que o consumo alimentar não é suficiente ou o desgaste físico/fase de treino do praticante supera sua capacidade de ingestão via dieta.
Consumir fontes de polifenóis, vitaminas C, D e E, além da exclusão de hiperprocessados e fontes concentradas de gorduras saturadas e açúcares contribui positivamente para resposta muscular, tendo ligação direta com sua performance.
Sente com seu nutri e peça isso, sem uma visão completa não conseguimos ter resultados consistentes!